CUIDADO: O “COMBO DA INFLAÇÃO” QUER ENGOLIR O SEU DINHEIRO SEM QUE VOCÊ PERCEBA!

Pequenas embalagens, taxas quase imperceptíveis e reajustes camuflados formam um ataque silencioso ao seu bolso. Entenda como essa soma de fatores inflacionários pode comprometer seu poder de compra e descubra como se defender.

A palavra “inflação” costuma trazer à mente imagens de preços subindo de forma visível nas prateleiras. Porém, o fenômeno pode ser muito mais sutil e impactar o bolso sem que você perceba de imediato. É o que muitos chamam de “combo da inflação”: uma combinação de estratégias e ajustes gradativos que acaba resultando em aumento dos custos totais de consumo.

Um exemplo é a redução da quantidade de produto dentro de embalagens que mantêm o mesmo valor no rótulo. Outro, a aplicação de reajustes pequenos, mas constantes, em taxas de serviços essenciais. Somados, esses fatores acabam corroendo o poder de compra, pois você passa a pagar mais por menos. Por trás dessa prática, estão ajustes de custo das empresas e o próprio cenário econômico, em que a variação nos preços de matérias-primas e insumos acaba sendo repassada ao consumidor de forma discreta.

Por que isso é importante para o seu bolso?

Quando esses aumentos são pulverizados em diferentes itens e serviços — do supermercado à conta de luz, passando pelos aplicativos de entrega —, fica mais difícil enxergar o impacto total no orçamento. A sensação é de que o dinheiro está indo embora mais rápido, ainda que você não consiga identificar com clareza onde ocorreram os maiores aumentos.

Como se defender?

  • Revisite o orçamento doméstico: Identifique onde há despesas crescentes. Às vezes, vale a pena trocar marcas ou renegociar planos e pacotes de serviços.

  • Pesquise antes de comprar: Compare preços em diferentes estabelecimentos ou plataformas. O hábito de pesquisar pode gerar economias significativas.

  • Invista em proteção: Considere alocar parte do seu capital em ativos indexados à inflação. Títulos públicos atrelados a índices de preços ou fundos imobiliários cujos aluguéis são reajustados de acordo com indicadores inflacionários podem manter ou aumentar o valor real do seu dinheiro.

  • Diversifique: Não dependa de um só tipo de ativo. Uma carteira diversificada tende a suportar melhor oscilações de mercado.


Em suma, embora o “combo da inflação” possa parecer difícil de detectar no dia a dia, é fundamental prestar atenção a cada detalhe dos produtos e serviços que você consome. E, mais importante ainda, proteger seus recursos por meio de investimentos que acompanhem ou superem a inflação, garantindo mais estabilidade e segurança financeira para o futuro.

Por: Felipe Mendes, CEA