COPOM ELEVA SELIC EM 1 PONTO PERCENTUAL E ENDURECE COMBATE À INFLAÇÃO

Em decisão anunciada nesta quarta-feira (29), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central surpreendeu o mercado ao elevar a taxa básica de juros (Selic) para 13,25% ao ano. A medida busca conter a escalada de preços e deve encarecer o crédito para empresas e consumidores, exigindo cautela no planejamento financeiro em meio a um cenário de incertezas econômicas.

A mais recente reunião do Copom trouxe uma nova perspectiva para a taxa Selic em 2025. Mas, afinal, por que todo mundo fala tanto sobre esse assunto? A Selic não é apenas o número que os economistas analisam nos noticiários; ela impacta diretamente o dia a dia de todas as pessoas — seja na forma de juros do cartão de crédito, parcelas de financiamento ou oportunidades de investimento.

1. Estabilidade e Controle Inflacionário

O principal objetivo de qualquer alteração na taxa básica de juros é garantir que os preços não subam demais e de forma desordenada. Um exemplo claro disso é o efeito nos financiamentos: com juros altos, fica mais caro tomar crédito, o que tende a reduzir a demanda e, consequentemente, segurar os preços. Por outro lado, quando há espaço para redução de juros, a economia respira um pouco mais livre, pois o crédito mais barato estimula o consumo e o investimento.

2. Impacto no Seu Dia a Dia

Se você planeja comprar um imóvel ou financiar um carro, os movimentos da Selic definem quanto você vai pagar de juros ao banco. Para quem investe, isso também faz diferença: aplicações atreladas ao CDI — bastante comuns em renda fixa — podem render mais em cenários de Selic elevada. Portanto, acompanhar as decisões do Copom é fundamental para fazer escolhas financeiras mais assertivas.

3. Estratégias e Oportunidades

Em períodos de juros mais altos, investimentos de renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto, costumam ser atrativos. Já em cenários de cortes na taxa, empresas e investidores podem se sentir mais confiantes para assumir projetos mais arrojados, como expansão de negócios e compra de ações. Com a decisão atual do Copom, é hora de avaliar se é o momento certo para você refinanciar dívidas, renegociar condições ou até iniciar um novo tipo de investimento.

4. O que Esperar para o Futuro?

O Copom tende a observar fatores como crescimento econômico, inflação e cenário internacional antes de definir a política de juros. A expectativa é que se mantenha um ritmo de cautela para não deixar a inflação fugir do controle, ao mesmo tempo em que se busca não sufocar a retomada econômica.

Ficar de olho nas decisões do Copom deixou de ser um assunto restrito a grandes empresários ou a analistas de mercado. Você pode — e deve — usar esse conhecimento para tomar melhores decisões financeiras no seu dia a dia. Afinal, quando o tema é dinheiro, informação nunca é demais.

Por: Lucas Maia, CNPI